Esquecido no Vasco: o que aconteceu com Garré, contratação de R$ 15 milhões?

Atualizado: 11/11/2025, 20:30
Garré, do Vasco, em ação contra o Del Valle

Contratado no início de 2025 junto ao Krylya Sovetov, da Rússia, como um reforço para o time titular, o meia argentino Benjamín Garré praticamente desapareceu das escalações do Vasco.

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Nos últimos 90 dias, o jogador esteve em campo por apenas 10 minutos. O investimento de R$ 14,9 milhões (2,5 milhões de euros na cotação da época) claramente não engatou na temporada. Garré falhou em conquistar espaço e hoje se encontra no fim da fila na preferência do técnico Fernando Diniz.

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A negociação de Garré foi vista como um dos bons investimentos do departamento de futebol para 2025. Segundo o "ge", além do valor fixo, o contrato previa o pagamento de mais 1 milhão de euros (R$ 5,9 milhões) em bônus caso o jogador atingisse metas específicas:

  • Atuação em 40% dos jogos em 2025

  • Participação em gols

  • Classificação para a Libertadores

Com apenas uma assistência em 21 partidas disputadas, é altamente improvável que Garré alcance todas as metas estabelecidas para seu primeiro ano de contrato. A diretoria do Vasco, que contava com uma adaptação mais rápida ao futebol brasileiro, vê o cenário com frustração.

Contraste de Garré com Nuno Moreira

A aposta em Garré era alta. Havia mais esperança depositada nele do que em Nuno Moreira, por exemplo, que também chegou para a ponta-esquerda, mas conseguiu se firmar e se tornou um dos destaques do time.

Em julho, o presidente Pedrinho, em entrevista coletiva, admitiu a frustração (sem citar nomes) com o desempenho de uma contratação específica, que internamente era sabido tratar-se de Garré.

"Eu particularmente acreditava muito, e não vou dar nome para expor, que um jogador ia desempenhar e esse jogador não está desempenhando ainda. E o que eu menos esperava está desempenhando bem", disse o presidente na ocasião.

Internamente, o consenso é que o jogador falhou em se adaptar ao futebol brasileiro.

Garré também não jogava antes de Diniz

Embora o meia quase não tenha tido espaço com Fernando Diniz, entrando apenas oito vezes, todas do banco de reservas, o problema é anterior ao atual comandante. Duas semanas após sua chegada, Diniz fez questão de pontuar que a ausência de Garré não era uma novidade.

"Não é que o Garré não joga comigo, ele não jogava antes. Nos últimos jogos ele não tinha praticamente entrado", afirmou Diniz.

No entendimento da comissão técnica, outros nomes estão muito à frente do argentino. Na ponta direita, Rayan e Andrés Gómez são as opções. No meio de campo, Coutinho, Matheus França e até Nuno Moreira podem atuar centralizados, deixando Garré como uma das últimas alternativas.

O período em que o argentino foi mais aproveitado foi sob o comando de Fábio Carille, o único a escalá-lo como titular (cinco vezes, além de cinco jogos vindo do banco). Com o interino Felipe Maestro, foram três oportunidades.

Números de Garré em 2025

As estatísticas ajudam a ilustrar a dificuldade de Garré em se impor:

  • Jogos: 21

  • Titular: 5

  • Minutos em campo: 663 (apenas 313 como titular)

  • Assistências: 1 (na vitória por 1 a 0 contra o Puerto Cabello)

  • Finalizações: 3 (todas bloqueadas; nenhuma na direção do gol)

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James Brito
Autor
26 anos, natural de Vitória da Conquista (BA), jornalista em formação pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Curioso por natureza, busca no esporte um campo infinito para observar, aprender e comunicar.